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Vacina da Hepatite de graça pelo Sus – Quem tem direito?

Maio Vermelho: o mês dedicado à conscientização e prevenção da hepatite. Descubra como se proteger e entender mais sobre essa condição que requer atenção global.

Neste período, a saúde pública volta os olhos para essa doença silenciosa que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. As hepatites virais são graves infecções que afetam o fígado, podendo ter causas diversas, como vírus, medicamentos, álcool, entre outros fatores. Muitas vezes, são assintomáticas, mas podem apresentar sintomas como cansaço, febre e icterícia.

As infecções crônicas por hepatite B ou C podem levar a complicações sérias, como cirrose e câncer de fígado, podendo ser fatais. Essas doenças têm um impacto significativo na saúde pública, resultando em milhões de mortes anualmente. É essencial realizar testes de detecção, especialmente em populações vulneráveis, e o SUS oferece vacinação contra a hepatite B gratuitamente. Para a hepatite C, não há vacina, mas existem tratamentos eficazes.

Em maio, a campanha de conscientização sobre a hepatite chega com força total! Você sabe o que é hepatite viral? É uma doença que afeta o fígado e pode ser dividida em vários tipos, como A, B, C e D, sendo mais comuns as primeiras. A transmissão desses vírus acontece de diferentes maneiras e causa problemas sérios.

Existem vacinas e medicamentos disponíveis gratuitamente pelo SUS para ajudar no tratamento e na cura de algumas hepatites. A prevenção é muito importante, e fazer exames regularmente pode ajudar a identificar a doença mais cedo, quando é mais fácil de tratar.

Os sintomas variam de acordo com o tipo de hepatite. Alguns sinais incluem fadiga, febre, dores no corpo, náuseas, vômitos, dor abdominal, urina escura e olhos amarelados. Algumas pessoas podem não apresentar sintomas, o que torna ainda mais importante fazer exames regulares.

TIPOS DE HEPATITE

Na hepatite A, os sintomas podem ser vagos no início, incluindo cansaço, mal-estar, febre e dores musculares. Com o tempo, podem surgir náuseas, vômitos, dor de barriga, prisão de ventre ou diarreia, urina escura e pele e olhos amarelados. Esses sinais geralmente aparecem de 15 a 50 dias após a infecção. O SUS também oferece vacina contra a Hepatite A.

Já nas hepatites B e C, é comum as pessoas terem o vírus sem apresentar sintomas. Isso torna difícil detectar a infecção. Sem um diagnóstico, a doença pode progredir silenciosamente por décadas, só sendo notada quando já está em estágio avançado.

Essa evolução da infecção pode prejudicar gravemente o fígado, causando problemas como fibrose avançada, cirrose e até câncer, podendo ser necessária a realização de um transplante de fígado.

MORTES POR HEPATITE NO BRASIL

Quando se trata de mortes, a hepatite C é responsável pela maioria das mortes no Brasil, totalizando 62.611 entre 2000 e 2020, o que equivale a 76,2% do total de vítimas nesse período, entre todas as formas de hepatite. Ao todo, aproximadamente 82,1 mil pessoas perderam a vida no país devido às hepatites virais durante as duas décadas mencionadas, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

Ainda segundo o ministério, as consequências das hepatites virais, como infecção aguda, câncer hepático ou cirrose associada, são responsáveis por cerca de 1,4 milhão de mortes por ano em todo o mundo. O Brasil comprometeu-se a fazer parte da estratégia global para eliminar essas doenças como um problema de saúde pública até 2030.

O Ministério da Saúde oferece testes rápidos para hepatite B pelo SUS, que podem ser feitos com uma simples gota de sangue. Para detectar a hepatite C, o diagnóstico é feito através de exames de rotina ou durante a doação de sangue.

VACINE-SE CONTRA A HEPATITE!

Para se prevenir das hepatites A e B, a melhor medida é tomar as vacinas. Elas estão disponíveis gratuitamente em postos de saúde em todo o país.

Infelizmente, ainda não existe vacina para a hepatite C, que tem sido a mais perigosa no Brasil nas últimas décadas. No entanto, há tratamento disponível pelo SUS para curar a doença. É importante buscar ajuda médica se estiver infectado pelo vírus.

Para garantir a eficácia das vacinas contra as hepatites A e B, é necessário seguir o esquema completo de vacinação para cada faixa etária.

Calendário Nacional de Vacinação:

Crianças

  • Hepatite B: Uma dose ao nascer.
  • Penta (DTP + Hib + HB): Três doses recomendadas – a primeira aos 2 meses, a segunda aos 4 meses e a terceira aos 6 meses.
  • Hepatite A (HA): Uma dose recomendada aos 15 meses.

Adolescentes, adultos e gestantes

  • Hepatite B: Três doses recomendadas. Inicie ou complete o esquema de acordo com sua situação vacinal.

Intervalo recomendado: A segunda dose deve ser aplicada 1 mês após a primeira dose, e a terceira dose deve ser aplicada 6 meses após a primeira dose.

População imunodeprimida

Observar a necessidade de esquemas especiais com doses ajustadas disponíveis nos Centros de Imunobiológicos Especiais (CRIE).

TRATAMENTO

Ainda não existem medicamentos que curam a infecção pelo vírus da hepatite B, contudo, há fármacos disponíveis que auxiliam no tratamento para o controle da carga viral e na velocidade da evolução da doença.

No caso da hepatite C, que não possui ainda uma vacina, já há remédios que tratam e curam a doença. Segundo o Ministério da Saúde, as medicações conferem a cura em mais de 95% dos casos, e os tratamentos duram, em média, 12 semanas.

No caso de hepatite A, não há nenhum tratamento específico. O ministério recomenda que se evite a automedicação para alívio dos sintomas, vez que, remédios desnecessários podem atingir o fígado e piorar o quadro.

PREVENÇÃO

Para prevenir as hepatites A e B, a melhor abordagem é a vacinação. No caso da hepatite C, é crucial fazer testes e diagnósticos regulares. Quanto mais pessoas receberem diagnóstico e tratamento, menor será o risco de transmissão da doença.

Além da vacinação e da testagem, outras medidas de prevenção incluem:

  • Evitar o compartilhamento de objetos cortantes ou perfurantes, como seringas, agulhas e instrumentos de manicure.
  • Não compartilhar objetos pessoais, como escovas de dentes ou lâminas de barbear.
  • Garantir que os materiais utilizados em procedimentos como tatuagens e piercings sejam esterilizados.
  • Utilizar preservativos durante as relações sexuais para prevenir a transmissão sexual.

Para evitar a hepatite A, também é importante adotar as seguintes medidas:

  • Lavar as mãos frequentemente, especialmente antes de preparar ou consumir alimentos.
  • Cozinhar os alimentos completamente, especialmente mariscos, frutos do mar e peixes.
  • Evitar nadar ou brincar em áreas contaminadas, como riachos, valões ou locais sujeitos a enchentes.
  • Evitar a construção de fossas próximas a poços e nascentes de rios.
  • Utilizar preservativos e praticar uma boa higiene pessoal antes e após as relações sexuais.

As estatísticas do Ministério da Saúde apontam que se detecta a hepatite C mais comumente em pessoas com mais de 40 anos. No entanto, existem certas situações que aumentam o risco de uma pessoa contrair a doença, tais como: ter sido submetido a hemodiálise; ter diabetes ou pressão alta; ter passado por procedimentos cirúrgicos ou estéticos invasivos sem os cuidados adequados de biossegurança; ter recebido transfusões sanguíneas antes de 1993; compartilhar objetos usados em drogas; ou estar em situação de encarceramento, entre outras.

As mulheres devem se proteger durante a gravidez, realizando testes pré-natais. No caso da hepatite B, é possível evitar a transmissão para o bebê. Quanto à hepatite C, o tratamento deve-se iniciar o tratamento após o parto.

No Brasil, milhares de pessoas são afetadas pelas hepatites todos os anos, e muitas não sabem que estão infectadas. Mas com informação e cuidado, podemos mudar essa realidade! Faça sua parte: cuide da sua saúde, faça exames regularmente e proteja-se.

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