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ABUSO INFANTIL: SAIBA IDENTIFICAR OS SINAIS!

O dia 18 de maio é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes e os sinais de abuso infantil são observados através de pequenos detalhes do dia a dia no comportamento da criança e adolescente. Você está prestando a atenção necessária?

Às vezes, a criança que sempre foi boa na escola começa a ir mal, ou deixa de brincar com os amigos e fica mais quieta. Se for muito pequena, pode voltar a fazer xixi nas calças ou ficar com medo de certos parentes. Esses são sinais de que algo não está certo, talvez ela esteja passando por abuso ou violência.

Muitas vezes, esses problemas acontecem em casa e quem causa são pessoas próximas, como familiares. E justamente por esse motivo, muitos casos ficam escondidos e não chegam às autoridades que poderiam ajudar.

Uma pesquisa recente mostrou que um em cada sete adolescentes já sofreu violência sexual. E de 2016 a 2020, 35 mil crianças e adolescentes foram mortos no Brasil, em média 7 mil por ano.

Outra pesquisa mostrou que pelo menos quatro meninas menores de 13 anos são estupradas a cada hora no país. E a maioria das vítimas conhece o agressor: 40% dos casos são cometidos por pais ou padrastos, 37% por primos, irmãos ou tios, e quase 9% por avós.

Esses números mostram que o Brasil não é um lugar seguro para crianças e adolescentes, mesmo que muitas vezes se fale o contrário.

Às vezes, as crianças nem sabem que estão sendo abusadas. “Se são mais velhas e entendem o que está acontecendo, elas podem sentir vergonha. E muitas vezes, não têm ninguém para protegê-las”, explica o desembargador Reinaldo Cintra Torres de Carvalho, que cuida dos assuntos de crianças e adolescentes no Tribunal de Justiça de São Paulo.

Ele diz que muitas vezes são as escolas que descobrem os problemas porque os professores notam mudanças de humor ou comportamento, ou até recebem desenhos que indicam algo errado, porque as crianças confiam neles.

Muitos profissionais de saúde ainda não sabem identificar os sinais de abuso. Existem sinais importantes, e é possível fazer denúncias anonimamente. Há canais de atendimento para isso.

Alguns sinais de que uma criança pode estar sofrendo violência ou abuso infantil:

  • Mudanças repentinas de comportamento, como ficar mais agressiva ou triste e calada;
  • Mudanças nos hábitos, como comer ou dormir muito mais ou muito menos;
  • Voltar a comportamentos mais infantis, como usar fraldas ou fazer xixi na cama;
  • Atrasos de aprendizado e desenvolvimento na escola e cotidiano;
  • Comportamentos inadequados para a idade, com conotação sexual;
  • Medo de algum parente ou adulto próximo;
  • Hematomas e machucados frequentes;
  • Usar roupas compridas mesmo quando está calor para esconder ferimentos ou vergonha ou medo de mostrar o corpo;
  • Cobrir o rosto com as mãos quando alguém fala com mais firmeza demonstrando medo.

Se você perceber algum desses sinais em uma criança, é importante ouvi-la sem julgamentos e criar um ambiente seguro para que ela se sinta à vontade para falar. Muitas vezes, as vítimas de abuso ou maus-tratos têm medo de contar por causa de ameaças. É importante não duvidar quando a criança ou adolescente contar algo desagradável pra que ela sinta segurança em compartilhar com você. 

Depois de ouvir, é necessário fazer uma denúncia aos órgãos competentes, como o Conselho Tutelar, Disque 100, polícia ou Ministério Público. Se alguém suspeitar de violência e não fizer denúncia, pode receber acusação de omissão de socorro.

A melhor forma de evitar essas situações é através da educação, ensinando às crianças o que é certo e errado, especialmente quando se trata de abuso sexual.

Os pais devem começar a educação sexual em casa, explicando de maneira adequada para a idade da criança. Mas essa educação não deve ficar apenas em casa, também é importante reforçar na escola.

Educação sexual não é para ensinar a fazer sexo, pelo contrário, é para entender a própria sexualidade, a diversidade e como se proteger de violências. A criança precisa conhecer o próprio corpo para saber os momentos que pode tirar a roupa, por exemplo, entender que não podem tocar suas partes íntimas, somente poucos adultos, no caso os responsáveis, e somente para higiene. 

Em relação à violência física, os especialistas defendem que os cuidadores aprendam outras formas de educar que não envolvam agressão. As crianças devem receber educação sem violência física, para que não vejam a violência como normal. Não faz sentido os pais pedirem para as crianças não brigarem na escola quando batem nelas em casa por coisas pequenas.

Fique atento aos sinais de violência nas crianças e adolescentes e em caso de suspeita ou constatada a violência entre em contato com o Conselho Tutelar da sua cidade ou canais de emergência:

– Disque Direitos Humanos: Disque 100

– Polícia Militar: 190

– Ministério Público: https://sis.mpsp.mp.br/atendimentocidadao

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